No país da Copa, a segurança no trabalho também atrasa


Não foi só a conclusão das obras que ficou para a última hora no país-sede da Copa do Mundo de 2014. A preocupação com a segurança do trabalho também atrasou: o governo federal deverá anunciar só nesta semana uma ação para promover a prevenção de acidentes no evento. O Brasil conta nove mortes na construção dos estádios do Mundial, sendo que um terço das arenas registraram acidentes fatais. Depois do Itaquerão, da Arena da Amazônia e do Estádio Nacional de Brasília, a Arena Pantanal, em Cuiabá, entrou na lista –na última quinta-feira, Muhammad'Ali Maciel Afonso, de 32 anos, foi vitimado por uma violenta descarga elétrica enquanto ajudava a instalar a fiação de um dos setores do estádio. De acordo com reportagem publicada na segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff assinará nesta semana uma cartilha com diretrizes gerais sobre a segurança do trabalho na Copa. O documento será divulgado a menos de um mês do início do torneio. Só terá alguma relevância por causa das próprias falhas dos responsáveis pelos projetos: a 30 dias para a abertura, três estádios ainda estão incompletos e só quatro das trinta obras de mobilidade urbana monitoradas pelo Ministério das Cidades foram finalizadas.

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